
NITERÓI

G.R.E.S.A.

FICHA TÉCNICA
Presidente: Wallace Palhares
Fundação: 26 de Março de 2018
Títulos: -
Cores: Azul e Branco
Carnavalesco: Tiago Martins
Diretora de Carnaval: Amanda Rodrigues
Diretores de Harmonia: Fernando Honorato e Renato Kort
Intérprete: Nêgo
Comissão de Frente: Fábio Batista
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Vinicius Pessanha e Jack Pessanha
Mestre de Bateria: Mestre Demétrius
Rainha de Bateria: Monique Rizzeto
ENREDO

"Vixe Maria"
SINOPSE
Vixi Maria!
Olha quem vem chegando para a maior festa da cidade: a Acadêmicos de Niterói!
Cheia de balancê, an avant (ê), returnê. Chegou a hora do anarriê!
Essas palavras dão pistas das origens europeias de uma dança que move os brasileiros na
solenidade de São João. Ao contemplarmos a sua fogueira festiva, alguns afirmam recordar
que foi Santa Isabel quem a acendeu para anunciar o nascimento do filho. Aquele que traria a “boa-nova”, a vinda de Cristo.
O “luzeiro do anúncio”, símbolo representativo desse chamado, brilha na escuridão, abrindo a presença divina para o nosso festão.
Mas nem sempre foi assim.
Das festas pagãs das antigas civilizações, ligadas aos ciclos da natureza, diversos rituais foram apropriados pelo catolicismo e incorporados em celebrações nas cortes monárquicas do Velho Mundo. Nos séculos 18 e 19, o hábito de dançar quadrille fazia parte das animações na Europa. Era um costume entre os nobres franceses de se reunir em pares de homens e mulheres para uma dança com passos marcados.
Já a quadrilha, como dança e também como música, vai entrar para o repertório brasileiro após a chegada da família real portuguesa. Os instrumentos de orquestra passam a ser substituídos pela sanfona, triângulo e zabumba. Aqui, as festas juninas foram reinventadas e se tornaram uma exaltação das raízes caipiras.
Bolo de fubá, canjica, milho, paçoca, pamonha, pé de moleque, maçã do amor. Vinho quente e quentão. Chapéu de palha, camisa xadrez, calça com remendos. Bombinhas e rojões, fogos de artifício. Bandeirinhas coloridas penduradas em varais de barbante.
Tudo virou folclore, tradição.
Mesmo nascida em outro continente, as festas juninas assumiram uma identidade própria em território nacional. Virou um evento imperdível. Internacional. Como o meu, em Maracanaú (Ceará), o maior São João do planeta.
A festa popular também virou festa católica, a quermesse das igrejas acompanha alguns ritos e rituais.
Santo Antônio, por exemplo, é o casamenteiro.
São Pedro é quem controla o tempo.
São João traz a característica da fartura [que remete aos períodos de plantio e de colheita].
Para São José, levo meu arrasta-pé.
A “Padim Ciço”, garanto minha proteção.
A fé permeia a cultura. A religiosidade se mistura ao populário. Essa crença que se manifesta de forma tão singular e bela, tão simples e rica nas festas juninas, é a expressão de um desejo latente na alma de nossa gente que busca um mundo melhor, que nunca perde a fé e a capacidade de se divertir.
A devoção junina é a síntese da alegria do brasileiro de poder festejar e rezar.
“A fogueira tá queimando Em homenagem a São João O forró já começou Vamos, gente, rapa pé nesse salão”
Luiz Gonzaga – São João na Roça
Para a minha querida e eterna professora Rosa. Seus ensinamentos e histórias estarão comigo para sempre. Obrigado por tudo!
Carnavalesco Tiago Martins
SAMBA-ENREDO
Compositores: Totonho / Júlio Pagé / Osmar Fernandes / Gabriel Machado / Mano Gaspar / Marcelinho Santos / Romeu D’Malandro / Edu Casa Leme / Soares do Cavaco / Flavinho Avellar
Intérprete: Nêgo
A Lua branqueada alumia
Sob a luz traz a magia
Pra enfeitar um lindo céu
Teria a Europa como lar
Ou viera revelar
O herdeiro de Isabel
Balancê de fogo
É fogueira de festeiro
Dá a vida por luzeiro
Anuncia a voz divina
Do velho mundo a boa nova introduziu
Os acordes populares que incendeiam o Brasil
Toca a sanfona, sou raiz caipira
A cultura que inspira o maior São João
Xadrez e palha que veste homem, mulher
Vai passar na avenida
A festa do arrasta-pé
Explodem cores e sabores dessa terra
Alimentam de folclore e percorrem o país
São tradições que vestem nobres brasileiros
Somos todos quadrilheiros a honrar nossa matriz
Santo Antônio dê meu par
Padim Ciço, estou de pé
É São Pedro o pai do tempo
Guia o povo São José
Eis o que vem de berço
Devoção à fé junina
Visto amor e saio à rua
Pra viver a minha sina
Vixe Maria é chegada nossa hora
Em Niterói é forró corpo de mola
Céu de estrelas, chão de gente nordestina
Dança quadrilha, segura a saia menina
